Jorge acorda e começa o dia cheio de planos e, de repente, uma notícia faz cair por terra tudo o que tinha projetado não só para o dia, mas para sua carreira e sua vida.
Esse foi o cenário que eu e você nos deparamos há alguns meses mediante a notícia de uma pandemia mundial. Crises e desafios inéditos são a única certeza que temos. A questão é: o quanto estamos usando a ansiedade que experimentamos diante das incertezas para nos anteciparmos e não paralisarmos?
Visando refletirmos sobre essa pergunta e pensarmos em ações práticas, compartilho reflexões inspirados no artigo de Lilian Porto do Futuro das Coisas e, é claro, na minha vivência assessorando profissionais e organizacionais ao longo dos últimos meses.
1) A pandemia acelerou a prática do trabalho remoto (83%), a digitalização dos negócios (84%) e a automação de processos (50%).
Reservar uma agenda para acompanhar as tendências, entender quais são as novas demandas do mercado de trabalho e abrir espaço para desaprender e reaprender rápido são caminhos para lidar com o novo contexto.
2) A automação continuará a crescer. Logo, investir no desenvolvimento de novas competências e inteligência digital será mandatório. De acordo com o DQ Institute, inteligência digital é um conjunto de competências técnicas, cognitivas, metacognitivas e socioemocionais que permitem aos indivíduos enfrentar os desafios inerentes à vida digital, bem como aproveitar as oportunidades que esse ambiente oferece.
Três perguntas podem ser feitas para te ajudar a avaliar sua inteligência digital: a) você consegue equilibrar o tempo gasto em atividades da vida virtual com o tempo investido na realidade offline? b) você sabe colaborar e ser empático com os sentimentos de si mesmo e dos outros mesmo sem interação face-a-face, usando as ferramentas apropriadas? e, c) você utiliza as novas tecnologias disponíveis para resolver problemas do seu cliente, do seu mercado e do mundo? Se respondeu “não” às perguntas, comece já seu plano de ação. Se respondeu “sim”, parabéns! Siga firme se atualizando.
3) Novas profissões e oportunidades de trabalho surgem enquanto outras deixam de existir. Você sabia que 97 milhões de novos empregos irão surgir até 2025, segundo o Fórum Econômico Mundial?
Compartilhe seus desafios em comunidades, conte com o apoio de especialistas. Trocar o apego ao passado pela curiosidade e experimentação do novo são bons pontos de partida.
4) Nosso diferencial enquanto profissionais está em nosso componente humano, ou seja, nossa capacidade de criar, solucionar problemas, inovar, resolver problemas complexos entre outras competências.
Comece listando suas competências únicas, tenha claro como elas agregam, comunique-as e, o mais importante, expresse esse valor ao mundo. Fortaleça o que te diferencia.
5) Se 40% das core skills (habilidades essenciais) podem mudar nos próximos 5 anos, (Future of Jobs 2020, Forum Econômico Mundial), o que está fazendo agora para se adaptar?
Qual o primeiro passo que você precisa dar para ser relevante hoje e sempre? Escolha um foco, comece por aí seu plano de ação e potencialize sua relevância no novo mundo do trabalho.
Diante de tudo que refletimos, fica claro que um novo ciclo pede novos olhares e, em especial, novas atitudes. Use a ansiedade típica desse contexto de aceleradas transformações à seu favor e não se deixe paralisar. Vamos pensar juntos como fazer parte da solução e não do problema?