As 4 regras não óbvias para ser forte emocionalmente

Você deve concordar comigo que nunca vivemos um contexto de tanta incerteza. Mas quero te lembrar uma coisa: no passado de nossa civilização, enfrentamos a luta pela sobrevivência, epidemias, enchentes, predadores e muitas outras situações desafiadoras. Sobrevivemos!

Pare e relembre quantas situações da sua vida você já superou! O fato de estar lendo essa frase, por exemplo, é uma confirmação de sua fortaleza. Mais do que nunca essa verdade nos faz lembrar que seu passado é um registro de boas lições. Que tal aprender com você mesmo?

Se você concorda, quero te convidar a refletir sobre as 4 regras que podem nos apoiar a ativar esse potencial e desenvolvermos ainda mais nossa força emocional. Vamos juntos saber como?

1.      Abrace o fato que você é falível

Em uma sociedade que nos convida a sermos produtivos, perfeitos e valorizar o “estar certo” ao invés do “o que é possível”, essa orientação parece distante de trazermos para a prática. O fato é que quando aceitamos o fato de que falhar faz parte de nós e pode ser uma grande parceira no nosso processo de evolução, reduzimos a autocrítica, o stress e damos lugar para momentos de paz interior e a compaixão por nós mesmos.

Uma dica que pode te apoiar a desenvolver essa habilidade é diante de algo que considere um desvio de percurso, assuma o que aconteceu para si ou para o outro, sem deixar que essa falha o defina. Como diz Carl Jung: “Eu não sou o que me acontece. Eu sou o que escolho me tornar”. Você é muito mais que o seu deslize. Reflita qual foi a última vez que falhou e como isso aprendeu algo sobre você ou sobre o processo? Não fica mais fácil?

2.      Aceite a vulnerabilidade

Como seria se você revisitasse a ideia de que vulnerabilidade e fraqueza não são sinônimos? Vulnerabilidade é viver com e apesar da incerteza, é estar aberto aos riscos de pequenas ou grandes decisões e,  em especial,  expor-se emocionalmente e lidar com as consequências desse ato. Como diz a especialista no tema Brene Brown, “experimentar vulnerabilidade não é uma escolha – a única escolha que temos é como vamos reagir quando formos confrontados com a incerteza, o risco e a exposição emocional”.

Conversando com um líder sobre esse tema em um processo de Coaching, o mesmo se deu conta de que a associação que estava fazendo entre controle e respeito da equipe (“quanto mais controlo, acredito que mais tenho o respeito”), estava o impedindo de praticar a abertura e, consequentemente a confiança e, é claro, o máximo engajamento da sua equipe. Permita-se acessar sua coragem, expressar sua vulnerabilidade  e perceba os ganhos para você e para todos ao seu redor.

3.      Permita-se ser bom o suficiente e evite comparações

Pode ser libertador entendermos que não precisamos ser perfeitos como vimos acima e que entre a perfeição e o fracasso, pode haver a palavra “suficiente”. Aceitar essa perspectiva pode nos deixar mais generosos conosco e com os outros ao nosso redor. Já parou para pensar sobre isso? No contexto de incerteza, em especial, esse exercício pode ser muito positivo e nos tirar do ciclo vicioso da autocobrança e autocrítica.

Quando conseguimos treinar a perspectiva de aceitar nossa suficiência, podemos dar um passo rumo a reduzir o impulso que temos de nos compararmos aos outros. O quão injusto somos quando adotamos essa postura! Se inspirar na trajetória do outro e entender que se ele conseguiu você também pode (se quiser e fazer por onde) parece uma atitude mais respeitosa com você. Experimente e perceba a diferença!

4.      Troque o romantismo pelo realismo

Uma personalidade que provoca a pensar sobre esse tema é Viktor Frankl. Em uma de suas frases, podemos encontrar uma boa explicação para o que quero chamar de realismo: “Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.”

Entenda romantismo como um olhar sobre si, o outro e circunstâncias do que é idealizado. Conhece alguém que seja otimista mas não consegue encarar os fatos? Por outro lado, adotar uma postura prática, objetiva e se perguntar “o que é possível nessa circunstância?” pode ser um primeiro passo para fortalecer a habilidade de ser um otimista realista.

Crie suas regras e acesso seu máximo potencial! Conte comigo