Você domina a sua atenção ou tem sido refém de sua distração? Se nunca parou para pensar nisso, fique aqui comigo pois esse artigo é para você.
Uma das coisas que eu mais sou apaixonado no meu trabalho de consultor é que tenho a oportunidade de conhecer e conviver pessoas fora da curva. Profissionais que por agregarem valor continuamente, são percebidos como relevantes, mais do que isso, desejados.
Como eles conseguem essa diferenciação? Mais do que onde colocar o foco da atenção, eles sabem se desinteressar. Isso mesmo! Em tempos nos quais somos seduzidos a todo momento por uma quantidade absurda de informações e demandas de todos os lados, dominar essa habilidade (interesse – desinteresse), nos coloca em situação de vantagem competitiva e sustenta nossa saúde mental e alta performance.
Cientes que não conseguem dedicar atenção para tudo que gostariam, profissionais fora da curva sabem criar momentos de indisponibilidade e negociam consigo pontos que não receberam seu interesse. Fácil? Não! Porém super possível quando você começa a experimentar.
Quero agora compartilhar com você as 5 atitudes daqueles profissionais que, mesmo com muito potencial, perdem espaço no mercado, se tornam obsoletos e deixam sua performance ser afetada.
Segue comigo e veja quais delas você ou alguém do seu time pode estar adotando. Use-as como um diagnóstico e trace seu plano de ação. Além disso, quero compartilhar ações práticas para transformar esses sabotadores do seu foco e de sua performance em uma realidade do passado.
Confundir esforço com resultados: abordar muitos clientes para apresentar seu serviço é esforço. Realizar a venda é resultado, por exemplo. Pergunte-se e responda sinceramente: meus esforços ultimamente têm contribuído para meus resultados? Não? Marque o quanto antes uma reunião com você mesmo(a), pegue uma folha de papel e faça duas colunas, sendo uma daquilo que vai colocar a atenção e outra com aquilo que vai desfocar sua atenção (sem culpa, okay?). Comunique as novas regras ao envolvidos e teste os efeitos. Estar sempre ocupado(a) não significa que esteja sendo produtivo(a)!
Acreditar que está trabalhando nas prioridades certas: no mundo #corporativo e dos #negócios, nós performamos quando dedicamos boa parte de nosso tempo a iniciativas ou relações que agregam valor não só no presente (eficiência), mas também no futuro (inovação). Faça uma lista de prioridades, projetos ou iniciativas (no mínimo 3) para sua semana ou mês, valide-as com seu gestor imediato e pergunte: a) “está de acordo com essas prioridades?” e b) “que progressos se eu apresentar ao final da semana/mês irão indicar que estou agregando valor (para você, clientes, empresa…)?”
Não filtrar as demandas assertivamente: surgiu uma nova demanda? Não caia na armadilha de aceitar automaticamente. Faça as seguintes perguntas: a) o que realmente precisa ser feito? b) a tarefa está pronta para ser executada? c) de onde veio e para onde vai o pedido? d) quem são os responsáveis pela entrega? Estão cientes? e) qual prazo e consequências caso não seja entregue? Lembre-se: colocar limites e dizer “não” de forma inteligente é uma postura de profissionalismo e colaboração com você e com o outro. Pensei nisso!
Deixar a paixão excessiva pelo seu trabalho não te permitir desconectar: muitos profissionais por serem excessivamente apaixonados pelo seu trabalho ficam “viciados” em produzir e não conseguem desacelerar. O primeiro passo é reconhecer que você não tem se permitido fazer pausas estratégicas. Feito isso, crie alertas no celular e faça pequenas pausas ao longo do dia para reabastecer as energias. Comunique seus clientes/colegas/equipe os momentos em que estará indisponível. Eles superam! Nada funcionou? Não hesite em pedir apoio profissional.
Não aceitar que você é gloriosamente falível: ser especialista em se criticar, perfeccionista ou controlador(a) ao extremo drena sua vitalidade, bom-humor e te impede de aprender sempre. Que tal reconhecer que seu valor como pessoa não está somente atrelado aos seus resultados? Curtir a jornada, tentar, errar e aprender com eles também é progresso e faz parte do resultado – já pensou nisso? Faça uma lista ao final de cada semana/mês de coisas pelas quais você se orgulha. Perceba os efeitos na sua performance e autoconfiança.
Para finalizar, percebo que profissionais de alta performance desenvolvem a permissão ou tolerância ao erro. Sabem que a partir das falhas e experimentação podem ir construindo um caminho de resultados que é mais leve e realista. Mas esse é assunto para um outro artigo.
Qual dessas atitudes e ações você vai colocar no foco de sua atenção? Ficarei feliz com seus comentários.